À falta de cricos, provei estas migas de tomate, também elas uma delícia.As Migas de feijão "piqueno"
Por sugestão de uma das últimas postagens, quis saber mais um pouco sobre as Migas de Cricos da Vilariça. Felizmente, a minha fonte, a caminhar para os noventa anos, foi lavrador na Vilariça e recordou-me perfeitamente a confecção desse sabor. Começavam por fazer uma pequena cova na terra e no topo espetavam um pau onde penduravam uma caldeireta com os seguintes ingredientes: uma ou duas batatas cortadas aos pedacitos, água, vagens de feijão crico ainda tenras, alguns feijões mais grados, já escarolados, e um pouco de carne, presunto, salpicão, se houvesse. Quando já estava tudo cozido, iam-se colocando fatias de pão até ficar tudo no ponto.
Para fazer a fogueira, utlizavam-se ramos secos de salgueiro, ameeiro, canas do milho e feijoeiros secos.
3 comentários:
Amigo Vasdoal,
As ditas cujas migas de tomate que apresentas nessa foto, estão com aspecto mesmo apetitoso! Pois bem, comi muitas dessas, noutros tempos, precisamente com tomate colhido no vale da Vilariça, para não falar em pimentos assados, também comprados directamente na courela que tinha arrendada o sr. Ventura, em terras da Qtª. da Portela.
Só nunca provei a famosa caldeirada de feijão-frade, ou tchícharos, ou feijão-piqueno, a que chamas "cricos" (- isso é em "dialecto" de Sequeiros?).
Obrigado pela receita, se bem que gostássemos de conhecer a tua fonte quási secular! - seria de se lhe perguntar se nesse lume brando em que coziam os "cricos", além do combustível mencionado, não entravam também uns talos de cânhamo seco?... com tais fumos (ou perfumes) imagino que a dita cuja caldeirada de cricos, devia ser cá uma opípara especialidade de subir aos sétimos e oitavos e nonos céus....
Como já disse ao Camané, deverá ser receita a adoptar como prato oficial de Moncorvo, mas com os tais ditos fumos de cânhamo, outra "produção regional" que tem andado algo esquecida...
abração,
n
Fumos de cânhamo? Vai lá, vai...!
Já não são migas! Açorda?
Abç.
Jorge
crao Jorge,
era só um toque de aroma regional há muito perdido (se calhar de novo o grande futuro da Vilariça, com Pablos Escobares e tudo!...)
Enviar um comentário